Altamira (uma palhinha)

Altamira, 14 de janeiro de 2012, noitinha de sábado

Sorveteria Creme Mel, em frente à movimentada orla do rio Xingu (seu sorvete de bacuri é excelente)

Finalmente chegamos, anteontem, à cidade de Altamira. Os dias 11 e 12 foram uma jornada maluca de caronas pela Cuiabá-Santarém e pela Transamazônica. Eram já 18h da quinta-feira, dia 12, quando a Hilux preta do último trecho nos deixou numa grande avenida aqui da cidade. Algo atarantados, nos demos conta de que aquela depressão iluminada ali pertinho era, hm, será mesmo?, o rio que a gente veio buscar? Jogamos as mochilas num cantinho qualquer, subimos na varanda de um restaurante e vimos, ainda meio bobos, as águas verdes do Xingu.

Ainda vivo.

Foi um alívio sutil vindo depois de tanta terra, poeira e calor escaldante na viagem até aqui. Mas, ainda que cansativa, a sequência das caronas, das pessoas e das paisagens que encontramos foi uma aula magna sobre a Amazônia.

A cada lição observada, cresce o sentimento de que é preciso chegar sem pressa e com humildade para entender e, ainda mais, para poder contribuir com este pedaço do mundo.